A relação entre professor e aluno é capaz de impactar o processo de aprendizagem. O professor Dr. José Gabriel Perissé Madureira, por exemplo, aborda justamente as consequências negativas de um convívio ruim na sala de aula. Violência, falta de respeito e dificuldade no aprendizado, entre outros pontos, entram nessa conta.
Em contrapartida, um bom relacionamento é capaz de garantir o sucesso do estudante em seu percurso acadêmico. Mas não só isso: o professor também tem muito a ganhar com uma relação horizontal de diálogo e parceria, já que passa a lidar com uma turma mais engajada e cooperativa.
A instituição de ensino superior (IES), por sua vez, deve adotar uma postura que vai ao encontro das novas demandas da sociedade em relação à educação. Mas, afinal, como a instituição de ensino pode trabalhar para melhorar esse convívio? Com base nessa questão, preparamos 7 dicas. Acompanhe!
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1. Incentive a abertura para feedback
A primeira dica é incentivar uma cultura de feedback na comunidade acadêmica. Como mostra a entrevista conduzida pela Agência Universitária de Notícias da USP (AUN), a paciência e o diálogo estão entre as características mais citadas por estudantes ao serem questionados sobre a atuação ideal dos professores.
O estabelecimento de uma relação de diálogo é importante para que o aluno também se torne protagonista do seu processo de aprendizagem. Assim, consegue tirar dúvidas, dar sugestões sobre as metodologias utilizadas e elogiar o trabalho do docente.
Com isso, a relação em sala de aula vai sendo moldada de acordo com o que funciona melhor para a turma. Entre boas práticas nesse sentido, estão a realização de reuniões de avaliação do curso com representantes dos alunos e dos docentes, além do estímulo ao diálogo em sala de aula.
2. Encoraje metodologias variadas e modernas
O professor deve ter autonomia e responsabilidade para estruturar seu programa de curso de acordo com o que ele acredita ser melhor para o ensino. Afinal, ele é especialista no conteúdo. No entanto, a instituição de ensino deve ter formas de mensurar a absorção de conteúdo pelos alunos e a efetividade do aprendizado para gestão de resultados.
É fundamental capacitar os docentes. A coordenação pode, por exemplo, organizar treinamentos mostrando as tendências na área da educação e como aplicá-las para aumentar o desempenho e a motivação dos estudantes. Também cabe a instituição das ferramentas para os professores trabalharem. Recursos mais simples, porém mais dinâmicos, já fazem diferença, como:
- pesquisas de campo;
- competições em grupo, no estilo hackathon;
- debates coletivos;
- participação em seminários relacionados ao conteúdo;
- ambientes virtuais de aprendizagem modernos
- uso de metodologias ativas, como a sala de aula invertida.
3. Desestimule a cultura do medo
A cultura do medo é aquela em que o professor aparece como um instrutor rígido e, muitas vezes, injusto. Esse tipo de comportamento só gera frustração e hostilidade entre professores e alunos.
Cabe à IES desestimular esse tipo de abordagem, mostrando ao corpo docente que o importante é a retenção de conhecimento e a garantia de que o aluno está apto a prosseguir no curso e no mercado de trabalho. Isso pode ser alcançado com provas adequadas e que realmente avaliem o que foi proposto na matriz curricular.
4. Valorize a cultura dos alunos
Geek, K-pop, cosplays, indie rock, memes: tudo isso parece coisa de outro mundo? Na verdade, são termos que fazem parte da cultura dos jovens, que está se reciclando a todo momento. Não há nada melhor para otimizar a relação entre professor e aluno do que derrubar as barreiras culturais que separam esses dois grupos.
Muitas vezes, a dificuldade na conexão entre estudantes e docentes nasce da diferença nos costumes de cada geração. Então, que tal promover eventos culturais e artísticos que demonstrem a riqueza da diversidade entre os jovens? É uma boa ideia para desmistificar os costumes da nova geração e proporcionar mais abertura por parte dos professores.
5. Fomente o senso de pertencimento
Não é só o professor que pode agir em prol de uma boa relação em sala de aula. Para que uma atitude de comprometimento parta dos alunos, a IES deve estimular o senso de pertencimento ao curso. Quando estão verdadeiramente engajados com a trajetória acadêmica, os estudantes têm tudo para se tornar participativos e cooperativos.
Para tanto, vale a pena investir em atividades extraclasse que propiciem o compartilhamento de interesses, o reconhecimento de uma identidade coletiva e, com isso, o desenvolvimento da ideia de que todos contribuem para a construção da instituição e do curso. Além de melhorar o relacionamento no cotidiano escolar, isso favorece a permanência dos alunos.
6. Promova programas de orientação
Uma excelente maneira de otimizar a relação entre professor e aluno é promover atividades de orientação acadêmica. Muitas universidades têm programas de iniciação científica, por exemplo, em que os alunos desenvolvem atividades de pesquisa sob a mentoria de um docente.
Além de aproximar a figura do professor em situações fora da sala de aula, essa iniciativa é capaz de:
- estimular o interesse pela investigação científica;
- ajudar a instituição a conduzir pesquisas de interesse coletivo;
- proporcionar um aprendizado mais profundo, impactando os indicadores de desempenho da IES e seus resultados em rankings de educação;
- preparar o estudante para a continuidade acadêmica;
- melhorar a empregabilidade dos alunos, entre outras vantagens.
7. Aposte em tecnologias de apoio
Por fim, a tecnologia na educação é muito bem-vinda. No estabelecimento de um bom convívio entre docentes e alunos, há duas frentes principais: em primeiro lugar, contar com sistemas completos de gestão pedagógica é útil para melhorar a organização dos professores e evitar a sobrecarga de afazeres.
Assim, eles conseguem ter mais disponibilidade para atividades de orientação, monitorias e organização de eventos que estimulem o bom relacionamento e aproveitamento dos estudos por parte dos alunos.
Com esta leitura, ficou claro que a otimização da relação entre professor e aluno é algo que precisa ser planejado, não é? Com resultados positivos para a instituição como um todo, vale a pena encarar esse objetivo como uma estratégia para melhorar o desempenho dos estudantes e o exercício profissional dos docentes.
Gostou das dicas? E ainda tenho um bônus para você! O professor Dr. José Gabriel Perissé Madureira citado no início do artigo preparou uma aula que será compartilhada gratuitamente direto no seu e-mail.
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